A inclusão social também precisa estar presente nos projetos arquitetônicos, afinal, toda construção deve garantir acessibilidade e segurança a todo cidadão, já que a Constituição Federal prevê que todo cidadão tem o direito de ir e vir.
Para isso, a legislação dispõe de normas e leis que visam garantir o direito de acesso das vias públicas aos edifícios e aos meios de transporte, em especial das pessoas com deficiência física congênita ou adquirida.
A arquitetura inclusiva é um diferencial, seja em projetos de reforma ou lançamentos, residenciais ou comerciais, visando garantir um espaço inovador, que ofereça segurança, acessibilidade e conforto para todos os usuários.
Quer saber mais sobre a necessidade e a importância da inclusão social nos projetos arquitetônicos? Continue a leitura.
O que é inclusão social na arquitetura?
Aplicar a inclusão social na arquitetura é prever todas as variáveis de necessidades possíveis da população e oferecer a acessibilidade aos diferentes tipos de ambientes, para:
- as pessoas com deficiências permanentes,
- com mobilidade reduzida, como idosos, pessoas obesas, com crianças no colo, que façam uso de próteses, órteses e gestantes,
- em circunstâncias provisórias, como recuperação de cirurgias, lesões e fraturas.
A Lei nº 10.098 de 19 de dezembro de 2000, conhecida como a Lei de Acessibilidade, estabelece, no âmbito federal, as normas e critérios básicos e obrigatórios para a promoção de acessibilidade das pessoas com deficiências ou com mobilidade reduzida.
Por isso, todo projeto de arquitetura e urbanismo deve cumprir as diretrizes estabelecidas em seus projetos.
Como a acessibilidade na arquitetura promove a inclusão social?
Quando se refere à acessibilidade na arquitetura, estamos falando de um conceito muito abrangente que envolve o dimensionamento de toda a construção e seus ambientes externos e internos.
Na construção civil, a NBR 9050/2021 traz critérios para o desenvolvimento de projetos inclusivos, visando tornar todos os espaços acessíveis a todas as pessoas.
Suas orientações devem ser usadas por arquitetos, engenheiros, construtores e até mesmo em projetos de decoração e paisagísticos, entre outros profissionais que contribuem para a criação de espaços e ambientes.
Entre as práticas de arquitetura inclusiva, especialmente no que se refere à acessibilidade, estão:
Desenho universal
Nesse conceito de arquitetura inclusiva, a acessibilidade e a inclusão social têm um sentido mais amplo e são planejadas e traçadas no princípio do projeto.
Essa prática visa evitar ou reduzir a necessidade de adaptações, desvios de percursos e ações excepcionais, isso para que todas as pessoas tenham as mesmas possibilidades de desfrutar de um mesmo espaço.
Entre os critérios estabelecidos pela legislação para promover a acessibilidade, a estrutura deve oferecer:
- espaço para circulação de largura mínima de 1,20m e altura de 2,10m,
- vãos das portas com no mínimo 0,80m e diâmetro de 1,50m para manobras de cadeiras de rodas em 360º em qualquer ambiente,
- rampas de acesso e corredores devem medir no mínimo 1,20m de largura,
- elevadores que comportem cadeiras de rodas e com dispositivos para orientarem deficientes auditivos e visuais.
Adaptação de áreas já construídas
Facilitar a acessibilidade e promover a inclusão social também pode acontecer por meio de adaptações de áreas já construídas.
Nesse caso, busca-se desenvolver um projeto que preveja:
- a colocação de barras de apoio em sanitários,
- adaptação das larguras das portas e corredores,
- colocação de pisos táteis,
- construção de rampa de acesso,
- adaptação de elevadores,
- dentro outros elementos de sinalizações, eliminação de desníveis e substituição de pisos escorregadios.
Relação entre acessibilidade e conscientização social
Conforme a última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil são mais de 17 milhões de pessoas com deficiência. Entre elas, destacamos:
- a deficiência visual,
- auditiva,
- nos membros inferiores ou superiores,
- nanismo.
A inclusão social é uma forma da empresa mostrar que se preocupa e é responsável socialmente.
Também é uma maneira de buscar promover o direito de ir e vir para todos, além de se mostrar empático em relação às pessoas com deficiência ou dificuldade física.
Inclusão social é direito e responsabilidade de todos nós!
Agora que você conferiu como é possível promover a inclusão social em seus projetos arquitetônicos, que tal se inscrever para receber a newsletter da Akcessível Arquitetura e ficar por dentro de muitas informações de seu interesse?
(Imagens: divulgação)