As calçadas podem tanto ser grandes aliadas como oponentes nos projetos voltados à acessibilidade nas praias, especialmente se tratando do atendimento às pessoas deficientes.
Além da população que apresenta algum tipo de deficiência e que reside em regiões do extenso litoral do nosso país, muitos brasileiros optam pela praia em seus períodos de férias ou quando possuem uma oportunidade de viajar.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo (MTur) junto às pessoas deficientes, um número bastante significativo delas (acima de 80%) dizem que deixam de visitar um atrativo turístico em função das dificuldades de acesso.
Diante desses números e considerando a população que se encaixa nesse perfil, milhões de brasileiros sentem-se impedidos de aproveitar a praia e desfrutar de momentos agradáveis com familiares e amigos.
Segundo o Ministério da Saúde, 23,92% da nossa população possui algum tipo de deficiência, portanto, são mais de 45 milhões de pessoas que encontram grandes dificuldades quando não existe um projeto de acessibilidade nas praias. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!
Acessibilidade nas praias e em espaços turísticos é um direito
No Brasil, a Lei nº 13.146/2015, em seu artigo 4º, garante a igualdade e a não discriminação quando apresenta o seguinte conteúdo:
“Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.”
No artigo 8º, fica estabelecido que o Estado, a sociedade e a família devem assegurar com prioridade à pessoa com deficiência o acesso a todos os locais, dentre outros direitos estabelecidos pela referida lei.
Isso significa que as calçadas precisam observar detalhes que viabilizem e facilitem a circulação de qualquer cidadão aos mais diversos espaços, inclusive às praias.
O que compõe a acessibilidade nas praias?
A acessibilidade nas praias consiste em ações que venham a permitir que todas as pessoas possam passar momentos agradáveis junto à natureza e desfrutando da beleza do mar.
Essas ações contribuem com toda a sociedade, facilitando não apenas o acesso das pessoas que possuam deficiência, mas também a entrada de vendedores com seus carrinhos, idosos e famílias que muitas vezes levam uma série de objetos para tornar o dia ainda mais agradável, tais como:
- guarda-sol,
- cadeiras,
- bolsas,
- caixas térmicas,
- brinquedos, etc.
Também é muito importante contar com esteiras de acesso, quando um caminho é providenciado para evitar a areia fofa da praia e viabilizar o tráfego de cadeiras de rodas.
A cadeira anfíbia é outro recurso que é muito bem visto por quem possui dificuldades de locomoção, pois os pneus são largos facilitando a mobilidade, além de confortáveis para um bom banho de mar.
Por fim, contar com equipe de apoio envolvendo monitores e voluntários capacitados é também uma forma de integrar todos ao ambiente, garantindo a segurança e colaborando para facilitar a entrada e saída das pessoas do mar e da praia.
Qual o papel das calçadas na acessibilidade nas praias?
Todas as dicas apresentadas anteriormente perdem o sentido caso as calçadas não estejam adequadas a receber pessoas com deficiência.
Para isso, alguns pontos precisam ser priorizados, tais como:
Barreiras físicas
A calçada não pode ser uma barreira física ou um impeditivo para que alguém consiga alcançar a praia.
Isso significa que elas precisam ser adequadas para atender as necessidades de qualquer pessoa, possuindo sinalização e as condições necessárias que integrem todos em um mesmo ambiente.
Acessibilidade arquitetônica e urbanística
Muito além de não se transformar em uma barreira, a calçada precisa corresponder com a acessibilidade nas praias de forma arquitetônica e urbanística.
Isso significa que um bom projeto voltado a atender a todos, precisa ser pensado de dentro para fora dos ambientes.
Especialmente aqueles que estão inseridos no perímetro urbano e abrangem as áreas públicas.
Agora que você sabe mais sobre esse assunto, conheça os serviços de consultoria exclusiva da Akcessível Arquitetura e conte com especialistas que transformarão o seu projeto de acessibilidade em um modelo a ser seguido e admirado por toda a sociedade!
(Imagens: divulgação)