Plano de emergência é obrigação de toda empresa e de todo estabelecimento de atendimento coletivo como escolas, shoppings, academias, boates, ginásios, etc.
Por mais segura e planejada que seja uma edificação, ela não está isenta de sofrer alguma situação emergencial que possa vir a colocar a estrutura e a vida das pessoas em risco.
Uma emergência pode ser definida como um acontecimento sério e totalmente imprevisto que por vezes representa perigo e exige ação imediata por parte dos administradores do local.
Um plano de emergência pode prever envio de alerta, rotas de fugas, espaços para refúgios e outros procedimentos para proteger e garantir a integridade dos usuários, inclusive de crianças, idosos e pessoas com limitações ou deficiências físicas.
Quer saber como elaborar um plano de emergência inclusivo? Continue a leitura e confira.
Como criar um plano de emergência inclusivo?
Um plano de emergência é um documento que visa detalhar todas as possíveis situações de riscos que possam ocorrer em um ambiente de uso coletivo e os procedimentos básicos para a proteção das pessoas e evacuação do estabelecimento.
O documento tem por finalidade preparar e proteger os profissionais que se utilizam do espaço e o público frequentador para possíveis situações de riscos que envolva a necessidade de evacuação do local, como:
- incêndios,
- explosões,
- vazamentos de gases,
- vendavais,
- desabamentos,
- tempestades,
- outras emergências.
Para criar um plano de emergência inclusivo é preciso:
Conhecer a regulamentação
A NBR 15219/2020 é a diretriz nacional para o embasamento de um modelo eficiente para a elaboração de plano emergencial de uma edificação visando proteger a vida das pessoas e a estrutura da edificação em casos de incêndios.
Porém, a legislação brasileira estabelece diferentes tipos de planos de emergência conforme o segmento de atuação do estabelecimento/empresa.
Afinal, as diretrizes para evacuação de uma arena esportiva construída ao ar livre é diferente das regulamentações para um hospital que, por sua vez, também difere das normas e regras estabelecidas para um ambiente escolar, shopping e assim por diante.
Por isso, é fundamental que se conheça a legislação vigente e as normas estabelecidas para então elaborar o plano de emergência de um estabelecimento.
Destacamos, por exemplo, a Lei Federal nº 13.425, que torna obrigatória algumas medidas de prevenção e combate a incêndio e a desastres em estabelecimentos, edificações e áreas de reunião de público, inclusive prédios residenciais.
Já a Lei 13.146, Lei de Inclusão, estabelece diretrizes que promovam a acessibilidade e a mobilidade às pessoas com deficiência com segurança e conforto aos diferentes espaços coletivos.
Realize treinamentos
Para efetivar um plano de emergência é preciso que toda a equipe de colaboradores receba o devido treinamento e faça simulações sobre como agir em caso de situações de risco.
Falando em inclusão, o treinamento é essencial também para as pessoas com deficiência que fazem parte do quadro de funcionários, assim elas estarão preparadas para receber o auxílio e até mesmo ajudar em casos de imprevistos.
Além do treinamento com a equipe, é fundamental que as gestões se preocupem em fornecer materiais orientativos para o seu público, documentos sobre a prevenção de acidentes e como se portar caso alguma emergência ocorra no local.
Faça a sinalização com formas gráficas
Um plano de emergência inclusivo deve se preocupar em oferecer a sinalização de alerta tátil e sonora, como os flashs, alarmes e luzes de emergências.
Toda forma de comunicação deve estar fixada em locais estratégicos na entrada do estabelecimento para facilitar a orientação e nos devidos trajetos de fuga, em caso de necessidade.
Em especial, a comunicação por meio de gráficos e desenhos é bem abrangente e compreensiva para um bom número de pessoas.
Garanta acessibilidade
Seja para o colaborador da equipe, cliente ou visitante do ambiente, todo estabelecimento deve garantir a acessibilidade, autonomia e segurança para todos, principalmente em caso de necessidade de evacuação do local.
Desse modo, o plano de emergência deve prever o mapa de fuga, que nada mais é que a representação do trajeto que deve ser percorrido pelas pessoas exatamente no momento de situação de emergência e necessidade de evacuar o local.
Nessa hora, destacamos o Desenho Universal, conceito que propõe considerar a criação de espaços democráticos que possam ser utilizados pelos diferentes públicos, desde crianças, idosos, pessoas com limitações ou deficiências física, temporária ou permanente.
O Desenho Universal considera os limites dos idiomas e linguagens, usando gráficos, formas e cores para comunicar de maneira simples e intuitiva:
- ajudando no entendimento de todos,
- visando atender todos os perfis de usuários.
Priorize as minorias
Todo plano de emergência para ser inclusivo deve priorizar as minorias.
Isso não significa que elas representam um número menor de pessoas e sim que são membros integrantes de grupos em desvantagens, comparados com outros.
Uma abordagem inclusiva considera oferecer condições de movimentação, comunicação e segurança para qualquer pessoa.
Quer saber como a Akcessível Arquitetura pode ajudar você a construir e oferecer acessibilidade e garantir a inclusão no seu estabelecimento? Entre em contato conosco.
(Imagens: divulgação)